OS ÓSCARES DOS AUTOMÓVEIS

Início de ano é, por norma, altura de se fazerem contas ao que se passou nos 365 dias anteriores nos mais diversos sectores. Para além das inevitáveis contabilidades das grandes e pequenas empresas, em que se afere a sua rentabilidade no ano findo, há também que se tentar obter os louros daquilo que se produziu nesse período. 

Entre eles destacam-se os mais importantes galardões reservados aos automóveis – vulgo “Carros do Ano” – atribuídos à escala mundial, continental, nacional e mesmo regional, já para não falar das revistas especializadas, que também têm os seus próprios preferidos.

No lado de lá do Atlântico atribuem-se o “North American Car of the Year” e o “North American Truck of the Year”, na Europa premeia-se com o ‘simples’ mas almejado título de “Car of the Year”, no mundo anuncia-se o “World Car of the Year”, isto já para não falar nos “Mais Bonitos”, “Mais Verdes”, “Mais Luxuosos”, “Mais Performantes”, no melhor “Design” – ufff!!! – e ainda nos vários “Carros do Ano” atribuídos por país, incluindo o bem português “Troféu Essilor Volante de Cristal”.

Se nos galardões do cinema e da TV, tirando algumas excepções, as coisas até batem mais ou menos certo, sendo comum que as sucessivas cerimónias anteriores aos “Óscares” indiquem os filmes e intervenientes que irão levar para casa as famosas estatuetas douradas, no caso dos automóveis parece que ninguém se entende e o que é verdade de um lado do mundo, é totalmente o oposto na outra metade. É que as realidades dos diferentes mercados ou zonas geográficas a tal ‘obriga’!

Foto: Audi; Logótipo: WCOTY

Comecemos pela nomeação do “World Car of the Year 2014”, o último ceptro de significativa importância do presente ano e que foi atribuído, no passado dia 17, em Nova Iorque (EUA), ao Audi A3. O modelo nipónico/alemão reuniu as preferências finais de um painel de 70 jurados, conceituados jornalistas oriundos quatro cantos do Mundo (América, Europa, Ásia e África), batendo os outros dois finalistas ao título, o BMW Série 4 e o Mazda3. 

Nascida em 2005, esta votação é feita à escala planetária, tendo os jurados, este ano, avaliado um total de 22 propostas de automóveis novos, lançados ao longo de 2013. Em simultâneo decidiram os vencedores de quatro outros prémios: design, performance, luxo e atributos ambientais. Para saber mais, clique AQUI.

Foto: Peugeot; Logótipo: COTY

Cerca de um mês antes, a 4 de Março, ecoavam de Genebra (Suíça) os festejos da Peugeot, com a conquista por parte do modelo 308 do galardão “Car of the Year 2014” na Europa. Bateu na corrida a este autêntico “Óscar” do sector automóvel os eléctricos BMW i3 e Tesla S, e os mais ‘normais’ Citroën C4 Picasso, Mazda3, Skoda Octavia e Mercedes-Benz Classe S, os finalistas de entre um grupo inicial de 30 automóveis novos, lançados também no ano passado. 

Aqueles foram analisados, por dentro e por fora por 58 jurados, incluindo dois portugueses, num reputado título que é atribuído desde 1964 – festejou-se, por isso, o 50º troféu da história – sendo a mais antiga avaliação do género. Para saber mais, clique na página oficial.

Foto: SEAT; Logótipo: Carro do Ano/Troféu Essilor Volante de Cristal

Nova voltinha, nova viagem, desta feita até Lisboa, no nosso Portugal, onde a 19 de Fevereiro se soube que foi o SEAT Leon a conquistar o troféu de “Carro do Ano/Troféu Essilor Volante de Cristal 2014”, numa organização tri-partida entre o canal de televisão “SIC”, o jornal “Expresso” e a revista “Exame”. 

No ano comemorativo da 30ª edição desta votação, o modelo espanhol bateu as propostas Audi A3 Limousine, Citroën C4 Picasso, Mazda6, Peugeot 308 e Skoda Octavia, finalistas de entre um grupo inicial de 21 candidatos, uma vez contemplados os votos e preferências dos 22 jurados, em representação de outros tantos jornais, revistas, portais de internet, rádios e televisões nacionais.

Foto: Chevrolet; Logótipos: NACTOY

Do outro lado do Atlântico, no início do ano, foram anunciados em Detroit (EUA) os primeiros laureados de 2014, no âmbito dos troféus de “Car of the Year” e “Truck of the Year” da América do Norte. 49 jurados dos EUA e Canadá, maioritariamente jornalistas do sector, elegeram os vencedores da 21ª edição destes galardões, distinguindo as novidades à venda naqueles dois mercados. 

Tendencialmente defensores da “prata da casa”, não admira muito que ambos sejam “made in USA” e, este ano ambos da Chevrolet, o desportivo Corvette Stingray nos automóveis, batendo na corrida o japonês Mazda3 e o conterrâneo Cadillac CTS, enquanto o Silverado suplantou as ambições do Jeep Cherokee e do Acura MDX no sector dos pesados. Mais informações no ‘link’ NACTOY. 

Entretanto e à semelhança de Portugal, também muitos países atribuem o seu próprio título de “Carro do Ano”, tal como o fazem as próprias revistas especializadas, no seguimento das suas avaliações (leitores e/ou membros da redacção), sobre quais são os melhores automóveis do momento. Por cá a “Auto Hoje” entrega os “Melhores Carros”, a Auto Foco os “Volantes de Ouro”, a “TopGear” os “Prémios TopGear” e a “Turbo” os “Turbos do Ano”, entre várias outras distinções. 

Em face da variedade de preferências acima, não há um único premiado que tenha bisado este ano. Ou seja, com um bocado de sorte, o seu automóvel novo até pode ostentar uma das medalhas de ouro acima, o que resulta sempre num certo ‘status’! 

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve! 

José Pinheiro 

Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.