Não é uma situação nada comum neste cantinho à beira mar plantado o tema de hoje do Trendy Wheels. Sim, claro que (quase) toda a gente faz uma mudança de casa algures na sua vida, sejam porque simplesmente deixou a asa dos progenitores, ou até porque casou, ou precisa de uma divisão extra para o/a rebento/a, ou por vicissitudes de uma vida que lhe pregou uma partida e há obrigatoriamente que mudar.
Olhando para a imagem acima, vê-se numa situação em que até não precisa de nada daquilo, só mesmo… de levar a sua casa consigo, juntamente com a mobília, as caixas cheias com os seus pertences, mais o cão, o gato e o periquito!
Há empresas que garantem todo esse processo – nesta fase, ainda não em Portugal – sendo algo muito comum nos EUA, em duas vertentes: ou porque, efectivamente a casa é sua e quer levá-la consigo, por questões sentimentais, porque já não gosta assim tanto do sítio, da vizinhança ou das intempéries da região, arranjou emprego num outro estado, etc; ou então porque encontrou a casa dos seus sonhos por um preço canhão de… 1 mísero dólar!!! Sim, parece ser uma realidade por aquelas bandas, sendo que o único senão é que tem mesmo de levar a casinha consigo se a quiser por essa pechincha, pois o proprietário tem outros planos para o terreno e não quer lá esse mono. Independentemente do que faça, todos os custos do processo são seus, pelo que há que fazer bem as contas.
Movimentar fisicamente uma casa requer um trabalho hercúleo, mas naturalmente que há por há empresas com maquinaria e especialistas para o efeito, pois há que ‘arrancar’ a dita pelos alicerces, transportá-la ao longo de muitos quilómetros, sobre viaturas com muitos pares de rodas e apetrechadas para o efeito, colocando-a no seu novo poiso! Tudo sem partir o serviço multi-peças de faiança que se herdou da tetra-avó ou o espampanante candelabro de milhentos cristais que encima o hall de entrada.
E se, no âmbito deste transporte, lhe propusessem seguir dentro de sua casa, com mais um conjunto de amigos, com música e algum álcool à mistura? Afinal, há que festejar, não? Nesta altura pergunta-se: “Onde é que eu me perdi nesta história?! Festa? Álcool?”. Sim, descanse que não será decerto o condutor da viatura a entrar na dança, pois esse tem de ir completamente sóbrio, mas já os restantes poderão festejar consigo o primeiro dia do resto da sua vida! Veja aqui a sugestão da Bacardi:
Trata-se da mais recente campanha de publicidade da marca de bebidas espirituosas, da autoria da BBDO NY, aqui mostrando que nada pode parar uma festa de arromba em sua casa, nem mesmo uma logística tão ímpar como esta. Claro que a campanha exibe uma situação levada ao extremo, desde uma bamboleante casa levada nas costas de um muito diminuto camião, numa festa de visual hipster, regada com (algum) álcool e com música a rodos, alimentada, sabe-se lá, por que bateria ou gerador, num conjunto que se apresenta extramente periclitante.
Dado que, por cá, as coisas ainda não mexem assim, há que nos limitarmos a dar as festas em casas bem assentes no chão, ou então aproveitar os milhentos espaços de diversão nocturna existentes, com o devido respeito para com a vizinhança. Para além dos custos associados, a primeira opção tem uma enormíssima vantagem: aquela sempre válida premissa do “se beber, não conduza!”
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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