Sabia que 1 em cada 5 crianças sofre de algum tipo de violência sexual na infância?
Muitas pessoas pensam que a violência sexual refere-se apenas à relação sexual propriamente dita com uma criança, mas a definição é muito mais ampla. Com ou sem contacto físico, as seguintes situações caracterizam algum tipo de violência sexual:
- Tocar a boca, genitais, nádegas, seios ou outras partes íntimas de uma criança com intuito de satisfação dos desejos;
- Forçar ou encorajar a criança a tocar um adulto de modo a satisfazer o desejo sexual;
- Fazer ou tentar fazer a criança se envolver em ato sexual;
- Forçar ou encorajar a criança a envolver-se em atividades sexuais com outras crianças ou adultos;
- Expor a criança a atos sexuais ou exibições com o propósito de estimulação ou gratificação sexual;
- Usar a criança em apresentação sexual como fotografia, brincadeira, filme ou dança, não importa se o material seja obsceno ou não;
- Espiar ou olhar a criança despindo-se, em momentos íntimos, tomando banho, usando o banheiro, com objetivo de satisfação sexual.
Quem é o abusador?
O abuso sexual, na maioria das vezes, é cometido por uma pessoa da convivência da criança, na qual ela confia e tem sentimentos de afeto.
As estatísticas demonstram que, entre os adultos de convivência, o pai, o padrasto, avô, tio, um amigo da família, vizinho e irmão mais velho são os agressores sexuais mais frequentes, apesar de existirem casos em que os agressores sejam do sexo feminino. Abusos cometidos por estranhos envolvendo violência física extrema são mais raros.
Os casos de abuso sexual infantil começam lentamente, apenas com a prática de "carinhos", trocas de presente, brincadeiras íntimas que raramente deixam lesões físicas, passando mais tarde para outros níveis mais íntimos de contato.
Como perceber se uma criança sofre de algum tipo de violência sexual?
Somente em 40% dos casos existe evidência física. Sendo assim, os principais sinais que a criança pode mostrar e podem ser observados pelos pais ou educadores são comportamentais. Fique de olho nos seguintes sinais:
- Perda do apetite ou compulsão alimentar;
- Pesadelos, medos inexplicáveis de pessoas ou lugares;
- Apatia, afastamento dos amigos;
- Perda dos antigos hábitos de brincar;
- Voltar a chuchar o dedo, fazer xixi ou cocó na cama ou nas calças;
- Agressividade, diminuição do rendimento escolar, dificuldades de aprendizagem;
- Fuga de casa;
- Conhecimento ou comportamento sexual fora do esperado (exceto conceitos básicos e saudáveis de educação sexual);
- Comportamento erotizado;
- Irritação, sangramento, inchaço, dor, coceira, cortes ou machucados na região genital ou anal.
Como falar sobre violência sexual com crianças a partir de 4 anos?
Pipo e Fifi é uma ferramenta de comunicação entre adultos/educadores e crianças e está disponível para download gratuito AQUI
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