O que é uma marca de automóveis como a Renault tem a ver com uma Instituição Particular de Solidariedade Social como a Operação Nariz Vermelho? À partida parece que muito pouco, pois a primeira vende automóveis a pessoas presumivelmente saudáveis e a segunda prescreve receitas de alegria a crianças doentes, internadas em instituições hospitalares. Mas, olhando bem para o processo abaixo, afinal até parece que ambas se juntaram na perfeição!
O ambiente de enorme competitividade em que vivem os ‘marketeers’ das várias marcas automóveis obriga-os a darem largas à imaginação sobre “aquela” acção que se demarque das restantes já inventadas. É relativamente fácil dizer que determinado modelo é o melhor por isto ou por aquilo, que vai onde os outros não vão, que tem um determinado equipamento diferenciador, sei lá, uma série de conteúdos que a publicidade automóvel nos ‘enfia pelos olhos’ através das mais diferentes plataformas.
Mais difícil ainda é conciliar a vertente comercial com a de responsabilidade social, sem dar azo a interpretações erróneas. Algo que a Renault Portuguesa conseguiu em pleno, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das crianças internadas, ajudando-os a rir e a suportar melhor a dor da doença, os tratamentos, o afastamento das suas rotinas diárias, com a ajuda dos Doutores Palhaços, da Operação Nariz Vermelho.
Como? Apoiando-se nas redes sociais, a destacada líder de vendas do nosso mercado há 16 anos consecutivos realizou, entre 31 de Janeiro e 3 de Fevereiro, a iniciativa “72 Horas Non-Stop Renault”, fazendo rolar cinco viaturas – dos modelos Clio, Captur e Mégane – no Autódromo do Estoril durante nada menos do que 4.320 minutos. Em complemento, associou-lhe uma acção de angariação de fundos para a Operação Nariz Vermelho, traduzindo depois em euros o número de voltas que, em conjunto, as viaturas deram à pista.
Acrescente-se, também, o carácter inovador desta acção da marca francesa, direccionando a acção aos seus clientes e seguidores no Facebook, à sua rede de concessionários e colaboradores, envolvendo 300 condutores entre os 18 e os 71 anos, agradecendo com este convite a estes ‘ilustres desconhecidos’ a preferência demonstrada. Convidou-os a sentarem-se ao volante das viaturas para contribuírem para a tal causa maior, identificada como “Uma viagem em automóveis comuns, conduzidos por pessoas comuns”.
Foram três dias ininterruptos de voltas e mais voltas ao traçado do Estoril, num total de 27.744 quilómetros, com paragens apenas para colocar combustível, mudar de pneus e trocar de condutores, entre outras intervenções de pormenor, devido às exigências do traçado, bem diferente das comuns estradas em que todos conduzimos no nosso dia-a-dia. Um verdadeiro desafio humano, por um lado, e técnico, por outro, colocando à prova a qualidade e a fiabilidade dos modelos e a própria imagem da marca gaulesa. Mais informações no Facebook da Renault.
As cinco viaturas cumpriram um total combinado de 6.865 voltas à pista, número que representou outros tantos euros entregues à Operação Nariz Vermelho, contribuindo para arrancar inúmeros e valiosos sorrisos das crianças internadas nos 13 hospitais que os Doutores Palhaços visitam no nosso país.
Consulte a página oficial da Operação Nariz Vermelho para ficar a conhecer um pouco melhor esta IPSS e, quem sabe, decidir por se associar a esta causa, com uma eventual entrega de donativos. E há tantos sorrisos à sua espera!
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
2 comentários:
Muito boa iniciativa ... e bem descrito aqui. Parabéns.
Ana
Olá Ana! De facto, uma excelente iniciativa q, independentemente de ter um cariz comercial e de imagem, permite este tipo de associação solidária e ajudar as entidades que precisam de reforços de verbas para conseguirem fazer o que se propõem.
Obrigado pelo comentário
JP
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