A Irmandade do Cactus


Gosta de ser ‘cool’, de se demarcar dos demais, de ser alternativo deixando os outros de boquiabertos, cheios de inveja – sob uma capa de indiferença muito mal disfarçada – de não serem assim? E se, para ajudar, se tratar de um modelo premiado pelo seu design e conteúdos ímpares? Então proponho-lhe nada menos do que o “World Car Design of the Year” de 2015, o Citroën C4 Cactus!




Conquistador de corações por um lado e algo incompreendido por outros, o C4 Cactus é um produto que se demarca da indústria automóvel tradicional pelas suas linhas, pelos conteúdos, num quase regresso a um passado mais ‘simplista’ da marca. Quase que faz a ponte com o eterno 2CV, o gingão Dyane ou o ímpar Mehari, mas agora num conceito mais ‘cool’, num estilo moderno, ousado e inovador, onde se misturam estética e função. 

Uma simplicidade que vai ao encontro do que os clientes realmente querem e, eis que de repente, estes querem ter um C4 Cactus nas suas vidas! Se ao início a diferenciação custou a pegar, agora não há mãos a medir para fazer face a uma lista de espera que inveja alguns restaurantes mais ‘in’! Contas feitas a final de Abril último, rolavam nas nossas estradas 1.410 C4 Cactus com matrícula lusa, sendo que o volume dos primeiros quatro meses de 2015 (722 undiades) já ultrapassa os 688 matriculados em sete meses do ano passado…! 

Mais curiosa é a espécie de “Irmandade do Cactus” que afecta alguns dos seus utilizadores. É que ao longo dos dias que conduzi este exemplar, num estonteante Amarelo Hello – que, afinal, até vim a saber, era uma edição muito exclusiva – fui recebendo toques de luzes de outros condutores de modelos idênticos! Os primeiros ‘flashes’ vi-os na Ponte 25 de Abril, vindos dos faróis de um C4 Cactus que circulava em sentido contrário. “Deve ser da cor, só pode!” – pensei, na altura! Mais à frente, numa rotunda, sai nova dose de luzes de outro, ao que comentei a quem me acompanhava: “É de mim ou o pessoal dos Cactus tem panca?!” Ao terceiro “hello” já respondi na mesma moeda, recebendo um aceno e um sorriso como bónus, fazendo-me sentir quase como parte de uma saga e a pensar “isto não me está a acontecer!” Mas não só estava como se repetiu mais umas quantas vezes, no centro de Cascais, na A5 para Lisboa, e noutros locais onde o conduzi, confirmando-se a sua envolvência no espírito dos seus condutores. Afinal, quantos outros exemplos há deste tipo de situações? Duvido que muitos!




Acredito, por isso, que também o C4 Cactus também tenha piscado o seu rasgado olhar aos jurados do “Design Automóvel Mundial do Ano”, o prestigiado galardão de estilo com que iniciei este texto, conquistando-os com uma estética singular, ímpar, tão simplesmente deliciosa! “O Cactus é uma verdadeiramente inovadora peça de design”, comentou o porta-voz dos jurados aquando da entrega do prémio, num modelo cujo design viram como sendo “uma verdadeira lufada de ar fresco". 

Já o havia referido aquando da Apresentação Nacional do dito – ver texto TODO UM MUNDO NOVO – sobre este conceito tudo menos ‘dejá vu’. Não é ‘só’ um automóvel médio familiar, mas também uma carrinha – tem barras no tejadilho com ‘style’ – ao mesmo tempo que dá ares de pequeno SUV, o actual segmento da moda, com espaço a rodos. Depois recorre a soluções inéditas como os tais Airbump, painéis nas portas em termoplástico que evitam pequenos toques e riscos, os puxadores interiores em pele, um enoooooooorme porta-luvas onde dá para esconder muita coisa, bancos que parecem sofás, ou ainda… sei lá! 

E a sua simplicidade? Como dizem os franceses, “oh-la-la”! Sim, suficientemente simples para o dia-a-dia de muitos, pois esta versão Feel (com mais uns quantos extras), motor a gasolina 1.2 PureTech de 82 cv e mudanças manuais demonstrou ser o automóvel ideal para quem quer mais por menos. Design a rodos na conjugação de uma carroçaria diferente com jantes de 17 polegadas, vidros escurecidos ou as estilizadas barras de tejadilho, aqui em branco (tal como as coberturas dos espelhos exteriores e no friso com a inscrição “Cactus” nas laterais traseiras); conforto idem, ou não estivéssemos a falar de um Citroën, com vasto espaço a bordo, para ocupantes e bagagens.




No domínio das tecnologias destaco o ecrã táctil de sete polegadas colocado ao centro do painel, em redor do qual se organiza o interior minimalista, abdicando de mostradores e botões que muitos automóveis enfermam. Controlam-se, assim, os sistemas de ar condicionado, áudio e navegação, o de estacionamento (com câmara de visão traseira a cores que ajuda um modelo que parece grande a caber em locais que… nunca pensei!), o telemóvel e respectivas funções e demais informações da viatura (consumos, velocidades médias, etc). À frente do condutor há um outro ecrã a cores, mais pequeno e só com o essencial, como a velocidade instantânea, luzes e outros avisos, ou indicação de qual a mudança ideal a engrenar. Qual conta-quilómetros, quais infos que ninguém tem tempo de prestar atenção a não ser quando se acende um qualquer aviso incómodo. Já o “menos”, a marca promete custos de utilização contidos, de acordo com o trato que os seus clientes dêem aos seus Cactus e ao que exijam do económico motor que os equipam. Nesses menos está o leque de preços, numa gama com várias propostas e conteúdos que se pode iniciar… nos 16.000 euros! A mesma contempla duas versões a gasolina e dois diesel, divididos por três níveis de equipamento. Um Citroën C4 Cactus 1.2 PureTech 82 CVM Feel igualzinho a este que conduzi, integrando alguns opcionais que o tornam ainda menos simples mas mais irresistível, ficar-lhe-ia um pouco acima – cerca de 19.000 euros – mas como a marca até está a fazer uma campanha para o modelo, a factura final sairá sempre beneficiada.




Se quiser saber mais clique no portal dedicado da Citroën. Pode, até, construir um ao seu gosto, recorrendo ao configurador antes de visitar um Concessionário da marca francesa para o ver ao vivo e a cores. E são tantas as combinações de tons deste verdadeiro camaleão, até mesmo uma que não consta da palete oficial, aparecendo como que por magia! É que quando visto de noite ou sob a iluminação de uma garagem o tal Amarelo Hello transfigura-se para um semi-suave Verde Pistaccio. Só surpresas, portanto! 

Mas já não surpreende que a Citroën tenha decidido associar o seu C4 Cactus ao Concept Fashion Design, evento de moda conceptual que terá lugar a 30 e 31 de Maio no espaço Mouraria Creative Hub. Trata-se de uma acção da autoria, entre outros, de Nuno Carapinha, Director do Trendy Mind. Naturalmente que iremos acompanhará tudo o que ali se passar, tanto no blog como no Facebook. Não perca! 

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve! 

José Pinheiro Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

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