Um KODO para Estar na Moda


Estar na moda é algo perfeitamente natural para algumas pessoas. Sabem sempre o que vestir e seguem as tendências em termos de cores, padrões e estilos, conjugam acessórios na perfeição, usam o corte de cabelo certo e a maquilhagem com a tonalidade adequada, mantêm ou não a barba, em modo completo ou de três dias… Confesso que não sou propriamente uma referência neste domínio, embora às vezes até acerte! Foi o que aconteceu quando fui levantar o Mazda CX-5, uma das actuais referências entre os SUV e/ou ‘crossovers’, quando me senti perfeitamente ‘fashionable’, envergando um modelo da colecção KODO!






“E o que é isso dos SUV?” – perguntam as/os menos atentas/os a esta coisa dos automóveis e do cada vez maior número de siglas e nomenclaturas. De um modo simplista, são modelos que parecem uma daquelas enormes sandes multi-ingredientes: dão para usar na cidade, para fazer escapadinhas fora de estrada, permitem viagens a solo ou em família, têm interiores multi-configuráveis e bagageiras que metem inveja aos porões de carga de alguns aviões de pequena dimensão!

“Então e o Mazda CX-5 é isso?” – segunda pergunta do dia. Resposta: É… é isso e muito mais! Mas vamos por partes. Pegando no início deste texto, de repente, senti-me na moda, a tal dos SUV, tudo porque tive oportunidade de conduzir um dos modelos de maior furor nos mercados internacionais e também cá pelo burgo, fazendo abanar as ditas referências deste tipo de automóveis. E também ele numa cor da moda, num flamejante Vermelho Soul que faz destacar as linhas KODO que desenham a sua colecção, tom que tem vestido todas as suas mais recentes criações!


Era só ‘style’ o que transpirava deste automóvel KODO de dimensões consideráveis, brilhando nesse vermelho-sangue e calçando uns saltos altos – leia-se umas jantes generosas – reluzentes em dois tons metalizados (preto/cinza). Um conjunto que em nada fica atrás das melhores propostas que desfilam amiúde nas ‘passerelles’ das grandes casas internacionais. 

Em nova viagem pelo nosso Portugal, vi-me rumo ao Porto a bordo desse Mazda CX-5 de ‘apenas’ duas rodas motrizes e mudanças manuais, se bem que também o haja em versão 4x4, alcançando lugares ainda mais inacessíveis, e com caixa automática, num descanso para o pezinho esquerdo e mãozinha direita, sendo apenas preciso acelerar e travar que o SUV trata do resto. Nada a dizer senão bem do motor turbodiesel deste exemplar, com centena e meia de cavalos a puxar pelo físico, a que se podem juntar 25 puros-sangues e a música – e a velocidade – torna-se outra! Claro que se tiver o pé mais pesado ou pressa em chegar ao destino os consumos condizem, mas na descontra, em modo passeio, os valores são iguais aos de tantos outros semelhantes.


Acertar o banco, os espelhos e afins, emparelhar o smartphone com o sistema MZD Connect – não há cá telefone na mão enquanto se conduz – e eis-me na A1 a caminho do norte, a sonhar com umas boas Tripas à Moda do Porto na zona ribeirinha de Gaia, prato que em Lisboa dá pelo nome de “Dobrada com Feijão Branco”. Ou então com uma deliciosa “Francesinha” do Santiago F (extensão do Café Santiago, frente ao Coliseu do Porto), feita ali mesmo à minha frente. Faço questão de me sentar ao balcão e vê-las a nascer e, quase de imediato, a sair umas atrás das outras, com ou sem queijo, com ou sem ovo a cavalo (depende do pedido), mas sempre com aquele delicioso molho de toque ‘spicy’, a alma da estrutura mista entre pão e carnes, ensopando as batatas fritas. Hummmmmm…! 

“Fazemos uma média de 300 Francesinhas nos dias menos bons, até às 500 nos dias melhores como o de hoje”, disse-me o sempre atencioso quanto profissional Filipe ‘Santiago’, enquanto eu saboreava as últimas garfadas do meu exemplar. Atrás dele o Hugo e o Ricardo não tinham mãos a medir, construindo-as e fazendo-as sair para as mesas a um ritmo alucinante, onde eram degustadas pelos restantes clientes. Entretanto, a Dulce trazia-me mais um fino, em substituição do anterior que, sem eu dar conta, se havia evaporado! Uma casa que festejou a 20 de Abril último o seu 4º aniversário – PARABÉNS a toda a equipa!!!!!! 

Antes houve a viagem de 300 km, feita sem stresses, já que para além dos acompanhantes a bordo com que pus a conversa em dia, incluía-se uma outra ajudante vocal, ‘escondida’ algures no painel de instrumentos, que nos dava dicas de navegação, mais uns quantos gremlins invisíveis que alertavam para determinadas situações de condução. Sinais acústicos, luzes, alertas e vibrações avisavam de tudo o que me rodeava, fosse porque alguém me ia a ultrapassar, por me distrair por momentos e sair da faixa, por ultrapassar os limites de velocidade, por estar demasiado tempo ao volante ou até mesmo quando o carro sentia que eu não o estava a agarrar em condições, para depois me aconselhar a parar para descanso, etc. Um sistema que trocava galhardetes comigo, dando-me dicas de por onde ir e que estradas tomar rumo ao destino, lendo – às vezes numa língua estranha – o que aparecia no ecrã central. Apesar de, por vezes, o sistema escolher uns caminhos um tanto ou quanto estranhos, chegava-se sempre ao destino!




Ah… Que enorme carga de água à passagem de Santarém, para logo a seguir clarear e, mais tarde, permitir que Matosinhos me recebesse com um sol quentinho, convidando a uma boa de uma ‘jola’ à beira-mar. Tropecei, por acaso, no Bermelho, um bar junto à areia que descobri ter umas deliciosas quanto descomunais tostas mistas, mais uns petiscos que compuseram um excelente final de tarde. 

Pouco depois entrei com o ‘meu’ CX-5 no Porto, num semi-caótico-quanto-normal trânsito de final do dia. Nada que envergonhasse o aparentemente grande SUV da Mazda, que andou por ruas e ruelas onde pensei que nem ia caber! Nada disso… grande por dentro, tamanho ideal por fora, como deixavam transparecer os olhares de quem connosco se cruzava, demonstrando que até gostavam de ter um igualzinho. A ajudar, recorrendo a uma série de sensores e radares, o sistema de travagem em cidade mantinha a distância aos carros da frente e a não bater em nada nem ninguém, enquanto outro desligava e ligava-o nos semáforos e afins, para poupar combustível. Uma vez encontrado um espaço à dimensão, era altura do auxiliar de estacionamento, através da câmara traseira, desempenhar o seu papel, ajudando-me – a cores e com os ‘pi-pi-pis’ da ordem, à frente e atrás – a colocar o modelito no sítio certo e logo à primeira!

Fotos: José Pinheiro (Trendy Mind), Paulo Parreira


Uma fantástica noite na Rua Galerias de Paris, no espaço com o mesmo nome, decorado com brinquedos, electrodomésticos e outras quinquilharias antigas. Um duo luso fazia uns quantos ‘covers’ em inglês, tendo como pano de fundo um velhinho Fiat 500 pregado à parede, semi-iluminado por outras ‘rodas’ estranhamente penduradas no canto oposto. Finda a diversão, toca de ir buscar o CX-5 para a necessária pernoita. 

No dia seguinte um sol ainda mais esplendoroso convidou a conduzir o CX-5 pela cidade, atravessando-a calmamente rumo a Gaia, subindo e descendo as envolventes das caves dos diversos Vinhos do Porto (e de outros ‘tónicos’). As tripas esperavam-me, depois, à beira Douro e, para as rebater, nada melhor do que uns passeios de ambos os lados do rio, onde os estrangeiros se viam esmagados pela oferta de passeios de barco. Com as ditas no bucho preferi deixar para outra vez, substituindo o passeio aquático por um copo daquela especialidade local. 

Uma vez feita a digestão, eis-me de novo regressado a casa e, tal como nos anteriores, a ter de devolver – um tanto contrariado… – a montada aos seus donos, entretanto bem carregada da tonelada de mosquitos e afins que se apaixonaram pelo design KODO, atirando-se de cabeça para a frente do CX-5. Mas nada que não se resolva em breve, pois estará já outro dos actuais portentos de design na calha e numa cor... ui ui! Aceitam-se apostas sobre o “senhor que se segue”! 

Ah, sim… falta o preço! O leque do Mazda CX-5 vai dos 31.700 euros da variante de entrada na gama (nível Essence), até aos 49.950 euros do nível Excellence com todos os packs disponíveis, mais a pintura metalizada. Este com que andei fica com um preço algures no meio, custando cerca de 39.000 euros! Coisa pouca…! 

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve! 

José Pinheiro 

Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

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