É algo curioso isto de se considerar que, em pleno Século XXI, “o futuro é eléctrico” se pensarmos que os primórdios desta energia remontam à Grécia Antiga, quando Thales de Mileto, filósofo, astrónomo e matemático grego qu viveu de 634 a 548 a.C., testemunhou a primeira manifestação de electricidade estática, após esfregar um pedaço de âmbar numa pele de carneiro.
Depois dele perfilaram-se dezenas de outros visionários do tema, dos menos conhecidos a nomes com Stephen Gray, o britânico que em 1729 descobriu como controlar a electricidade; Benjamin Franklin, americano que descobriu em 1750 que os relâmpagos são descargas eléctricas e idealizou os pára-raios; ou Thomas Edison, outro oriundo de terras do Tio Sam que, em 1879, apresentou a lâmpada da incandescência, pondo fim à iluminação tradicional, por chama de azeite, gás, etc.
Fotos: Heijmans Infrastructure/designer Daan
Roosegaarde
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Outros viram os seus nomes imortalizados nas unidades de medida inerentes às suas descobertas: o “watt” (W) de potência eléctrica de James Watt, escocês que em 1788 inventou a máquina a vapor e deu início à 1ª Revolução Industrial; o “volt” (V) de potencial eléctrico de Alessandro Volta, italiano que em 1799 cria a primeira pilha eléctrica; o “ampere” (A) de intensidade de corrente eléctrica de André Marie Ampère, francês que estabelece em 1820 as leis do electromagnetismo; ou ohm (Ω) de resistência eléctrica do alemão Georg Simon Ohm, que em 1827 desenvolveu a primeira teoria matemática da condução eléctrica por circuitos.
Não admira, portanto, que existam projectos grandiosos, em fase de estudo ou já implementados, como o que a cidade holandesa de Nuenen, na região de Gerwen en Nederwetten, viu nascer. Falo do Van Gogh Bicycle Path, um projecto do Studio Roosegaarde de um percurso para bicicletas que brilha no escuro. Conheça-o aqui:
Deve ser uma experiência e tanto, não? Tal deve-se à concepção do pavimento, que integra milhares de pedras luminosas dispostas em espiral, carregadas pelo sol de dia, brilhando quando anoitece. Para já numa extensão de 600 metros, o percurso ilumina-se de modo inovador e ecológico, transformando todo o conceito do ciclismo de lazer, nomeadamente. Mas fá-lo de um modo também cultural, já que também se homenageia o pintor local Vincent Van Gogh, em especial o seu quadro “Noite Estrelada”.
Note-se que este percurso eléctrico para bicicletas serve de estudo e antecipação a outro projecto, substancialmente mais abrangente, de que vos falarei numa próxima edição do Trendy Wheels. Espero por si desse lado!
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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