ALMOFADAS QUE SALVAM VIDAS


Olá! Hoje venho falar-vos de almofadas. Hã?! Já?! Dormir a esta hora?! Pois… ok! Bom… efectivamente não são bem almofadas, sendo que o tema deste Trendy Wheels de hoje verse os airbags. Sim, aquele dispositivo de segurança presente em todos os nossos automóveis, mas que rezamos a todos os santinhos nunca vir a conhecer, ou ver funcionar. Se tal ocorrer, só significa que o nosso carrinho passou a ter um visual exterior substancialmente alterado – para muito pior… – como ainda entramos em despesas adicionais, porque a substituição do dito, nos seus mais variados formatos (e isto se a viatura ainda tiver salvação) não sai propriamente barato. Para além, claro, da tareia física do acidente, igualmente a ter em conta. 

Adiante! O airbag… Vejamos… por onde começo? Dizem os entendidos que primeiro houve o ‘big bang’, depois os dinossauros, a sua extinção, o Homem, a roda e o automóvel, com mais umas coisitas pelo meio. Já o dito do airbag – em versão muito simplista, um ‘saco’ que se enche de ar após uma pequena explosão de um dispositivo pirotécnico, permitindo minorar os danos de um acidente provocados nos ocupantes – apareceu em meados dos anos 70 (do século passado) nos EUA, sendo aplicado em automóveis europeus na década seguinte. Hoje algo obrigatoriamente presente em tudo o que é automóvel. 

Um leque que se alargou do airbag que estava apenas à frente do condutor, integrado no volante, ao do passageiro lateral, à sua frente, no painel. Surgiram depois os airbags de cortina, escondidos nos rebordos do tejadilho interior, os laterais, integrados nas costas dos bancos, e, mais recentemente, os de joelhos (para já só para o condutor), permitindo-se minimizar cada vez mais os efeitos nefastos dos acidentes automóveis. Ou seja, almofadas de ar um pouco por todo o interior do veículo! 

E eis que chegamos à apresentação das duas mais recentes novidades neste domínio, dentro e fora do automóvel: os airbags integrados nos cintos de segurança traseiros e os de protecção de peões. São dois os construtores actualmente mais em destaque neste domínio, já com aplicação prática dos mesmos: a Ford (no primeiro caso) estreou a solução nos cintos traseiros do modelo Explorer (vendido nos EUA) e, mais recentemente, no Mondeo (à venda na Europa), enquanto a Volvo integra no modelo V40 a protecção de impactos, nomeadamente ao nível da cabeça, a quem circula a pé.

Foto: Ford

Foto: Volvo
No que se refere à marca norte-americana, a aplicação desta solução nos cintos de segurança dos bancos traseiros permite reduzir os danos provocados na cabeça, pescoço e peito desses ocupantes, muitas vezes crianças e passageiros mais idosos, mais vulneráveis aos mesmos. No caso de um acidente, o cinto expande-se, dispersando as forças de impacto por uma área cinco vezes maior do que a de um cinto de segurança convencional. Vejo como funciona:



Já a Volvo, construtor sueco há muito referência no domínio da segurança, apresenta o inovador airbag para a protecção de peões, em que sensores estrategicamente colocados na frente do modelo detectam um contacto com o peão. Nesse caso, uma carga pirotécnica solta os apoios do capot, elevando-o sob acção do airbag, entretanto também despoletado. A tal ‘almofada’ insuflada de ar, combinada com a maior distância gerada para com os componentes mais duros no compartimento do motor, ajudam a minimizar os impactos com a cabeça dos peões. Veja este vídeo que detalha a operação do sistema:



De facto, as equipas de engenharia dos vários construtores automóveis não param de descobrir novas soluções no domínio da segurança, para quem viaja dentro dos automóveis, mas também daqueles que partilham as estradas com essas em tempos denominadas de “máquinas infernais”. E ainda bem que assim é! 

Mas, tudo somado, não queira ver um airbag a disparar perto de si… é (muito) mau sinal! Conduza com segurança e mantenha essa almofada no seu devido lugar. A colocar a cabeça numa, faça-a nas que estão na sua cama. Aí sim, vale definitivamente a pena! 

Bons sonhos e os habituais cumprimentos distribuídos irmãmente. 

José Pinheiro 




Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.

4 comentários:

Anónimo disse...

Excelente artigo TiZé!
kisskiss
AMC

Anónimo disse...

Obrigado AMC... É muito bom ter reacções aos textos, sejam elas positivas ou negativas, pois - por enquanto... - cada um é livre de ter a sua opinião. ZP

Anónimo disse...

Gostei sim senhora! AC

Anónimo disse...

Obg AC. Tinha a certeza q sim.
JP