QUERIDA, ENCOLHI O POPÓ!


Olá! Sabia que em 2025 – daqui a cerca de 12 anos – estima-se que a população mundial atinja os 8.100 milhões de pessoas? E que será de quase 11.000 milhões no ano 2100? E que mais de metade da actual população mundial vive em grandes cidades, numa percentagem que se estima possa evoluir até aos 70% lá para o ano 2050?

Gráfico: TheWorldIsUrban/UNPFA


Ah pois é! Tal dever-se-á, em grande parte, ao enorme crescimento das chamadas grandes economias emergentes, como a China, Índia, América do Sul e alguns países africanos, zonas geográficas em que as novas classes médias pretendem ter comodidades semelhantes às dos países ocidentais. Ou seja, preparem-se para que os outrora colonizados se tornem maiores, mais importantes e, por isso, mais poderosos dos que os países que antes os exploravam e ao que actualmente dominam este terceiro planeta do Sistema Solar. É o chamado feitiço a virar-se contra o feiticeiro! 

Mas pronto, não estou aqui para dar uma aula de demografia nem para consultar a bola de cristal, mas sim para falar de rodas. A ponte faz-se pelo facto dessa nova classe média ter passado a ter acesso imediato a algo que, até há bem pouco tempo, não tinham: o automóvel ou outros veículos menos convencionais, que sejam práticos e fáceis de operar e estacionar. Se também forem amigos do ambiente, pois, que o sejam. O planeta agradece! 

Trago-lhe, por isso, duas das mais recentes propostas de mobilidade sustentável de quatro rodas que, fruto da sua particularidade – ambas encolhem em dimensão – irão dar um ‘jeitaço’ num futuro próximo, nomeadamente nas voltinhas nas grandes urbes e, principalmente, em termos de estacionamento! 

Começo pelo curioso Hiriko Fold, uma proposta micro-eléctrica desenhada pelo MIT e desenvolvida por um consórcio de empresas de Bilbao. Tem pouco menos de dois metros e pesa 375 kg, funcionando com um motor eléctrico alimentado por baterias de iões de lítio. Até aqui nada de novo, pois têm surgido inúmeras propostas quase idênticas. Digo “quase” devido à enorme particularidade de encolher quando precisamos de o estacionar. E também gira sobre si próprio devido às suas quatro rodas direccionais, facilitando ainda mais a arrumação em qualquer buraquinho.

Fotos: Hiriko



Vindo da longínqua Coreia do Sul, trago-vos o Armadillo-T. Com assinatura do Instituto Superior de Ciência e Tecnologia local (KAIST), assemelha-se aos bichinhos-de-conta com que tanto brincávamos quando éramos miúdos, ou ao simpático tatu, mamífero de ‘armadura’ natural que lhe dá nome, pois enrola-se sobre si mesmo. Parecendo mais frágil que a proposta basca, também encolhe dos originais 2,8 metros até passara a ocupar pouco mais de metro e meio em comprimento. O motor é – claro está! – eléctrico mas a produção não está ainda assegurada.

Fotos: KAIST



Para a semana prometo debruçar-me sobre a secção das duas rodas, pois também neste domínio há soluções deveras interessantes.

Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!

José Pinheiro

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