A final do Super Bowl é um evento desportivo que está para os norte-americanos como o jogo decisivo da Liga dos Campeões da UEFA está para os europeus. Leva ao rubro uns quantos privilegiados que consigam um bilhetinho de acesso ao estádio em que se decide o campeão da principal liga de futebol americano dos EUA – o Campeonato NFL – quase congelando os restantes que, espalhados pelo país e pelo mundo, se acotovelam em torno de qualquer coisa que transmita esse encontro.
Mas… e o que é que aqueles dois protagonistas de uma das fábulas de Esopo têm a ver com isto? E desde quando é que há um alce na dita?! Calma… lá chegarei! Entretanto, para quem não o souber, Esopo era um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia antiga (estima-se que de 620 a 560 a.C) e foi o primeiro a contá-la, numa versão mais tarde adaptada e relançada por La Fontaine. Quanto ao alce… bem, adiante!
Voltando ao Super Bowl, trata-se do evento de maior audiência dos ‘States’ e em crescendo redor do globo, pelo que as grandes empresas têm ali uma oportunidade de excelência para comunicar as suas mensagens a toda essa massa de gente, mesmo que pagando somas astronómicas por segundos de publicidade. É que, cada bloco de meio minuto terá custado, este ano, 4,5 milhões de dólares (cerca de 4 milhões de euros) aos anunciantes!
No jogo disputado no passado dia 1 de Fevereiro foram nada menos do que 40 as empresas que se exibiram nos ecrãs do estádio da Universidade de Phoenix, no Arizona, nos vários intervalos de um longo jogo em que os New England Patriots bateram os Seattle Seahawks. Aos cerca de 60.000 espectadores presentes no local, alguns pagando os bilhetes a peso de ouro (dos 1.800 aos 800.000 euros, juntaram-se muitos outros milhões nos muitos lares do planeta, rodeados de toneladas de ‘fast food’ e bebidas gaseificadas (segundo parece, é também o segundo maior evento consumista dos EUA, a seguir ao Dia de Acções de Graças), não tiraram os olhos da caixa que mudou o mundo. Até mesmo para verem a publicidade, sector onde há toda uma espécie de aura, pelo que nem para o xixizinho da ordem o pessoal abandona o sofá!
Entre os anunciantes deste ano contaram-se 10 marcas automóveis, apontando a todos os públicos e objectivos. Um dos mais peculiares foi o da Mercedes-Benz, na promoção do novo AMG GT, contando a enésima versão da história da “Tartaruga e a Lebre”. Ahhh!!! Cá estão elas, as tais personagens ‘perdidas’ desta prosa… ou pelo menos duas delas! À semelhança do conto original, é de novo a teoricamente menos apta espécie a cantar vitória na mais que estafada corrida entre duas realidades completamente díspares, mas desta feita, em pura adrenalina:
Quanto ao alce e porque o texto já vai longo, peço-lhe que aguarde mais uns diazinhos para ficar a saber o resto desta história de sucesso, que conquista cada vez mais adeptos e recorre a um exponencial número de espécies animais. Neste domínio destaco a PUB da cerveja Budweiser, algo que nada tem nada a ver com rodas, surgindo na continuidade de uma campanha de 2014, puxando ao sentimento da amizade de um pequenino Golden Labrador e um fantástico cavalo da raça Clydesdales. Veja-o aqui:
Alguns humanos bem que poderiam aprender o valor desta valiosa relação. Pode ser que um dia…
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
José Pinheiro
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