Quantos de nós, enquanto petizes, não chamámos a atenção dos nossos progenitores sempre que tentávamos fazer ‘um bonito’, por exemplo, quando em cima de uma bicicleta e já sem as vergonhosas rodinhas de apoio, conseguíamos andar na dita tirando as mãos do guiador e mesmo os pés dos pedais! Claro que, por vezes, a coisa corria menos bem e ao “sem mãos” juntavam-se um “sem dentes” e mais uns quantos arranhões de premeio, para além do inerente raspanete!
Bom… agora é a vez da Google – sim, leu bem… os ‘donos’ de um dos maiores motores de busca da Internet no Mundo – a meter-nos na cabeça que em breve poderemos andar de automóvel sem usar as mãos ou os pés, podendo até mesmo relaxar no seu interior com um bom livro ou filme, enquanto o dito cujo nos leva até ao destino.
Envolvido em praticamente tudo o que represente evolução tecnológica, a Google tem hoje parcerias com alguns construtores no domínio da investigação com vista à condução autónoma (leia-se viagens com uma intervenção mínima do condutor no domínio da viatura), ao mesmo tempo que conduz os seus próprios projectos.
O mais recente exemplar é este pequeno veículo de condução autónoma, para já em fase de protótipo, que dispensa ‘coisas’ que até aqui temos como imprescindíveis a essa actividade, não havendo volante, pedais, ‘piscas’ e afins! Basta entrar, colocar o cinto, pressionar um botão e dar as coordenadas para que o mesmo nos leve até ao nosso destino. Assim, sem espinhas:
Envolvida em projectos de pesquisa desta natureza desde 2009 através do seu laboratório Google X – ufff… digam lá se isto tudo não parece mesmo tirado de um filme de ficção científica da minha infância! – a Google prepara-se, por isso, para fazer frente a alguns dos maiores construtores automóveis do mundo que testam soluções de condução sem intervenção dos passageiros. O gigante tecnológico prevê testar uma frota própria de cerca de 100 unidades a partir deste Verão e ao longo dos próximos dois anos, a que se seguirá um programa-piloto que decorrerá no estado norte-americano da Califórnia, tão pró soluções ambientais.
Dotadas de avançadas soluções de segurança activa e passiva e, decerto, com uma grande componente de materiais recicláveis, os pequenos Google-cars permitem-se atingir os objectivos propostos através de uma série de sensores, feixes laser, radares e computadores que gerem o processo entre si, abdicando dos habituais ‘inputs’ dos seus utilizadores.
Claro que esta solução não é de todo do agrado dos actuais amantes da condução pura, daqueles que gostam das passagens de caixa, do uso dos pedais, na verdadeira acepção da palavra, de conduzir! Nos veículos da Google não há nada disso, sendo um conceito diverso que, com os devidos ajustes, poderá resolver muitos dos problemas da rede viária da actualidade.
A título de informação adicional, refira-se que a Google viu-se recentemente nomeada como a marca mais valiosa do mundo em termos absolutos, segundo a conceituada BrandZ, ultrapassando a Apple face ao relatório do ano anterior. É, também, a empresa com melhor reputação junto dos consumidores, segundo o estudo do Reputation Institute, aqui ‘ex-aequo’ com a Walt Disney, saltando do 4º lugar que ocupava na análise de 2013. Elucidativo, não?
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
Sem comentários:
Enviar um comentário