Por vezes, durante o ato sexual, ocorrem algumas situações "embaraçosas" que podem acabar com "o clima", se o casal não souber lidar com elas. Para não ser apanhada desprevenida, enumeramos as mais comuns e o que pode fazer nesses casos.
Dor de cabeça sexual
A cefaleia copulogénica, também conhecida como cefaleia orgástica, consiste numa dor de cabeça primária, benigna, que surge durante o ato sexual ou durante a ocorrência do orgasmo. Esta condição, que é mais frequente em indivíduos que sofrem de enxaquecas, afeta ambos os sexos e deve-se a um erro neuronal na interpretação das sensações de prazer como sensações dolorosas. Normalmente estas cefaleias surgem três minutos antes do orgasmo, alcançando o pico de dor durante o orgasmo, e persistindo nas horas seguintes.
Este tipo de dores de cabeça surge mesmo nas situações em que a mulher está sexualmente excitada e com interesse. Durante a atividade sexual, é normal que ocorra uma discreta elevação da pressão arterial, e algumas mulheres podem sentir algum desconforto ou cefaleias. Nesses casos, é importante conversar com o ginecologista.
Fatores que colaboram para o desenvolvimento desta condição: stress, qualidade de sono, alimentação e equilíbrio hormonal.
Em 1988, a International Headache Society definiu critérios operacionais para o diagnóstico de todas as cefaleias, incluindo a cefaleia orgástica. Os critérios são os seguintes:
- É precipitada pela excitação sexual;
- Inicialmente é bilateral;
- É prevenida ou minimizada quando findada a excitação sexual antes do orgasmo;
- Não está ligada a nenhum distúrbio intracraniano, como o aneurisma.
O tratamento é feito com base na mudança de hábitos alimentares, como diminuição do consumo de açúcar, pão e alimentos industrializados, bem como na qualidade do sono. Como consequência destas mudanças, existe um maior equilíbrio hormonal. Existem alguns comprimidos que ajudam a diminuir estes sintomas mas devem ser prescritos por médico. Dentre estes fármacos estão a ergotamina e indometacina, que devem ser ingeridos entre uma ou duas horas antes do ato sexual. Quando a condição persiste, propanolol ou diltiazem podem ser opções, devendo ser utilizados por algumas semanas.
Porém, muitas vezes essa dor pode ter origem psicológica, muitas vezes associada a problemas emocionais. Nestes casos importa identificar as dificuldades sexuais e relacionais do casal.
Vontade de urinar
Muitas mulheres referem sentir uma grande vontade de urinar durante a atividade sexual. Uma explicação fisiológica para esse fenómeno é o fato do útero contrair durante a relação sexual, repercutindo-se essas contrações no fundo da bexiga, devido à sua proximidade com o útero, o que provoca a vontade de urinar. Algumas mulheres chegam a confundir essa sensação com o orgasmo. Apesar da sensação de orgasmo variar durante o período menstrual, e ao longo da vida, ela não tem nada a ver com a vontade de urinar.
Para evitar a libertação de urina durante o sexo, o ideal é não ter a bexiga nem muito cheia, nem muito vazia, pois é importante urinar após o sexo, para reduzir riscos de infeções urinárias. Se mesmo assim a incontinência ocorrer, é importante procurar ajuda de uroginecologista. Outra situação semelhante é a incontinência fecal, resultante também de uma musculatura flácida do ânus. Nestes casos, deverá procurar um médico proctologista.
Distração durante o ato
Apesar de poder afetar os homens, geralmente são as mulheres que se queixam mais desta de perderem o interesse, ou o foco, durante a relação sexual. Apesar de ser normal se ocorrer de vez enquanto, pode ser o indicio de um problema, que requer atenção de um especialista, quando se torna frequente. Aprender a relaxar e esquecer os problemas do dia-a-dia podem ajudar a ultrapassar estas dificuldades e um sexo completo e prazeroso.
Menstruar na hora H
Quando se faz sexo, pouco antes da fase de menstruação, existe e possibilidade de surgir sangue, durante a penetração, pois o útero já está banhado de sangue, e as contrações uterinas podem ajudar a eliminar o endométrio mais rápido. No entanto, esta situação só é "normal" se ocorrer um dia antes da "data oficial". Se esse sangramento ocorrer noutras datas é importante ser avaliada por um ginecologista.
Algumas pessoas gostam de ter relações sexuais nesta fase, enquanto outras acham desconfortável e pouco higiénico. Se forem tomadas as devidas precauções, não existe qualquer problema em ter relações sexuais durante a menstruação.
Fontes: Minha Vida; InfoEscola
Sem comentários:
Enviar um comentário