Os homens podem sentir-se bastante orgulhosos com o pénis, mas são bastante protectores em relação aos testículos. Há poucas coisas que um homem mais tema do que uma valente pancada nas “partes baixas” e por bons motivos.
Eis alguma informação útil sobre estas verdadeiras “jóias da coroa” masculina:
- os testículos localizam-se, juntamente com o epidímio, no escroto, um saco extra-abdominal localizado abaixo do pénis;
- são um par de corpos ovais, ligeiramente achatados, que medem cerca de 4cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro.;
- têm duas funções distintas, a formação de espermatozóides (espermatogénese) e a produção de esteróides sexuais (androgénios: Testosterona);
- 90% da hormona masculina – Testosterona – tem origem nos testículos antes de entrar no fluxo sanguíneo e viajar pelo organismo;
- o testículo esquerdo fica mais abaixo e é maior do que o direito em 75% dos homens, porque é o primeiro a descer durante o parto, para além disso, não seria confortável para o homem se estivessem ao mesmo nível, pois tornar-se-ia doloroso, ou quase impossível andar confortavelmente;
- os testículos ficam pendurados fora do corpo e sobem e descem para a virilha, graças ao escroto, mediante a temperatura. A sobrevivência dos espermatozóides é muito sensível à temperatura, devendo estar aproximadamente 4º abaixo da temperatura corporal normal;
- os testículos são muito sensíveis à dor, mas a sensibilidade varia individualmente, tal como os peitos femininos. Alguns homens pagam para que lhes ponham pesos nos testículos e os estiquem ao ponto de quase tocarem os joelhos. Outros desatam a correr se lhes tocar nem que seja com um dedo;
- os homens não valorizam tanto o tamanho dos testículos como do pénis, mas não se importam se lhes disser que os tem grandes (se os tiver). A expressão “é preciso tomates” equipara-os à coragem
Cuidados a ter:
- o cancro dos testículos é a malignidade mais vulgar nos homens na faixa etária dos 20-40 anos. A incidência do tipo mais prevalecente de cancro dos testículos, os tumores das células germinativas, tem aumentado ao longo das últimas décadas, acontecendo o mesmo com o factor de risco mais prevalecente – a não descida dos testículos (criptorquidia). Isto sugere que o número de homens afectados com cancro dos testículos irá continuar a aumentar nos próximos tempos;
- o auto-exame dos testículos, através da palpação, permite que o homem verifique se existem alterações anatómicas nos mesmos. Para tal, aconselha-se que esta prática seja feita desde a adolescência, geralmente de 15 em 15 dias, para que o homem comece a ter noção da consistência normal dos seus testículos e assim consiga identificar mais facilmente qualquer alteração;
-se identificar qualquer tipo de alteração à palpação normal, por exemplo, alteração do tamanho, formato, peso, inchaço ou ponto doloroso, deve procurar um médico para o observar;
- embora o tratamento deste tipo de cancro seja, actualmente, bastante eficaz, uma intervenção precoce apresenta sempre maior possibilidade de sucesso;
Curiosidades:
- as vítimas de Elefantíase do Escroto, uma doença causada pela obstrução dos vasos dos testículos, podem inchar os testículos até ao tamanho de uma melancia. O maior testículo registado pertencia a um Africano, pesava 70Kg e media mais de meio metro de diâmetro. Felizmente, há um medicamento chamado diethylcarbamazina que consegue reduzir os testículos para o seu tamanho normal;
- a presença de mais do que 2 testículos é chamada de poliorquidismo. É raro, mas existem cerca de 75 casos registados até hoje de indivíduos com 3 testículo. No entanto, também há casos de pessoas que nascem com 4 ou até 5 testículos, mas são extremamente raros;
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