Automóveis grandes, médios e pequenos, práticos e menos práticos, incluindo “tudo e mais um par de botas” para ajudar o condutor no dia-a-dia, estonteantes e menos bonitos em termos de linhas, com mais ou menos tecnologias de ponta, com brutais motores com cavalos para dar e vender, ou então com blocos pequeninos mas igualmente cheios de ‘pica’…!
De um modo simplista podem resumir-se assim as quase 1.000 propostas, cerca de uma centena delas novas ou substancialmente renovadas, que estão expostas no Salão Automóvel de Genebra, certame patente até ao dia 17 de Março nos pavilhões da Palexpo, paredes meias com o aeroporto daquela cidade suíça. ‘Bora até lá? Bute! Eu dou uma ajudinha!
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| Foto: Salão Genebra |
Atente-se a mais um detalhe, cada vez mais importante na actual realidade do sector: o serem ‘verdes’. Não tanto na cor, embora também ali os haja, mas no seu contributo ambiental, pregão tão em voga nos dias de hoje. O objectivo é terem as mais baixas emissões de dióxido de carbono (CO2) possíveis, algo que não só reduz os efeitos de estufa, como em alguns países, nomeadamente no nosso Portugal ‘atordoado’ com impostos sucessivos, influi no peso dos ditos sobre o automóvel. “Uau! Que bom!” – poderão alguns pensar, mas infelizmente não tanto quanto seria desejável, diga-se…
Em Genebra as propostas em tons de ‘verde’ dividiram-se em veículos só como motores eléctricos, outros híbridos (com dois motores, um motor a gasolina ou a gasóleo e outro eléctrico), a gás natural, a biogás ou a ainda com a ainda muuuuuuuuuuuuuuuito longínqua pilha de combustível, para um futuro que alguns querem próximo mas outros nem tanto.
Várias marcas tinham algo de novo (ou renovado) para expor no domínio das energias alternativas ou com as tais emissões de CO2 abaixo do patamar das 100 gramas de partículas nocivas e que são expelidas para a atmosfera pelo tubo de escape em quilómetro que percorremos. Das quase 100 viaturas que se integram neste lote, 20% delas eram praticamente ‘verdes’, conseguindo o tão apreciado logótipo de “Emissões Zero”.
No grupo dos veículos 100% eléctricos as grandes novidades foram o Mitsubishi CA-MiEV e o Toyota i-Road, acompanhados de perto pelo BMW i3 ou Ford Focus Electric, ou ainda os já comercializados Citroën C-Zero, Mercedes SLS AMG electric drive, Nissan Leaf, Renault ZOE e TWIZY, entre outros.
Mais desconhecidos – pelo menos para o comum dos mortais – eram os também eléctricos Exagon Motors Furtive eGT, Tesla Model S, IMA Colibri, Verband Lampo 3 e Rinspeed MicroMAX.
Nos híbridos a Nissan mostrava o Resonance Concept já visto em Detroit (ver o Trendy Wheels nº 18 – NA ‘PASSERELLE’ DE DETROIT aqui), enquanto na ‘guerra’ das pilhas (ou células) de combustível, a Hyundai destacou-se dos demais com o seu novo ix35 Fuel Cell.
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| Foto: Salão Genebra e oficiais |
Se bem que alguns deles apenas sejam, para já, exercícios de estilo para auscultar o mercado, não deixam de se mostrar como importantes contributos para a evolução da indústria automóvel, pelo que é de aplaudir o trabalho das suas equipas de engenharia, sempre em busca de mais e melhores soluções para o utilizador comum, grupo em que nos inserimos, rumo à tal sustentabilidade (outro ‘palavrão’ que nos passou a entrar em casa pela TV).
Já a sua chegada efectiva ao mercado, pois, essa dependerá dos denominados “interesses instalados”, nomeadamente dos grandes produtores de petróleo, que não querem cá concorrências de gases ou de quaisquer outras soluções que lhes tirem o controlo do ouro negro retirado ao interior do planeta Terra! Mas isso “são outros 500”!
Se quiserem saber mais sobre o Salão de Genebra, vejam tudo no ‘site’ oficial.
Cumprimentos distribuídos irmãmente e até breve!
José Pinheiro
Notas: 1) As opiniões acima expressas são minhas, decorrentes da experiência no sector e de pesquisa de várias fontes. Os restantes membros deste ‘blog’ não têm obrigatoriedade de partilhar dos mesmos pontos de vista; 2) Direitos reservados das entidades respectivas aos ‘links’ e imagens utilizados neste texto, conforme expresso.
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